domingo, 30 de dezembro de 2012

domingo, 9 de dezembro de 2012

pensamentos bons.

.

A partir de hoje, vou deixar que o Outro seja: uma boa ou má pessoa, o que lhe aprouver. Tudo que julgo ou critico, tomo como referencial os meus valores. Não há como saber quem está certo a partir disto, e nem tem importância no final das contas. A partir de agora, eu sei quem quero atrair para a minha vida: pessoas que não me façam sentir que estou traindo a mim mesma. Tudo é resolvido com um olhar distanciado e um afastamento físico. Não enfio mais poesia em situações onde o protagonista não sou eu e o coadjuvante não consegue ser lírico.

(Marla de Queiroz)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

movie.

Esse final de semana assisti um filme incrivelmente lindo e real. fazia muito, muito tempo que não me emocionava tanto com uma história. Por isso, recomendo demais essa lindeza: The Bridges of Madison County.

domingo, 2 de dezembro de 2012

(con)texto atual.

.
Eu não pude deixar de publicar o novo post de Roberta Simoni, visto que ele é tudo o que eu mais prego ultimamente e se encaixe perfeitamente no meu cotexto atual. Ela como sempre, escreve lindamente.


Eu não posso dizer que estou curada, ainda é cedo para fazer tal afirmação. Sou como uma paciente em pleno tratamento que, frequentemente, têm recaídas. Mas garanto que já estive pior.

Já fui do tipo que não passava uma só hora do dia sem me questionar, começando sempre com a mesmíssima introdução barata e previsível: “mas, e se…”. E se eu tivesse ido, e se eu tivesse ficado, e se eu disser, e se eu calar…???

Ainda coloco “e se” em um monte de lugares e situações onde, definitivamente, eles não deveriam estar. Só que, hoje em dia, faço isso numa escala muito menor do que eu fazia antigamente. E se vocês estão esperando que eu diga que eu passei a olhar para frente, que eu aprendi com meus erros ou que eu evolui enquanto ser humano, sinto muito, estimados leitores, mas eu simplesmente fiquei mais preguiçosa.

Pensar sempre no que – e como – poderia ter sido se eu tivesse feito tal coisa de forma diferente, se eu tivesse escolhido ir por ali e não por aqui e coisa e tal, é mais exaustivo do que correr uma maratona. Tá certo que eu nunca corri nem sequer meia maratona, 5km foi a distância máxima que eu já alcancei (e morri de orgulho por isso!), mas posso afirmar que nada, nada demanda tanto gasto de energia quanto ficar remoendo o passado e temendo o futuro, como se fosse possível interferir em qualquer um dos dois.

Muito mal tenho algum domínio sobre o meu presente, o que dirá sobre o passado ou o futuro, mesmo assim ainda perco um tempo precioso tentando descobrir como teria sido se eu não tivesse entrado naquele avião, se eu tivesse passado naquele concurso, se eu tivesse feito aquela outra faculdade, se eu não tivesse pedido demissão daquele emprego, se eu não tivesse me mudado, se eu tivesse ido embora, se eu tivesse dito sim e se tivesse dito não…

A gente tá sempre escolhendo, seja entre tomar sorvete de chocolate ou de baunilha, lanchar no MC Donald’s ou comer uma salada, casar ou comprar uma bicicleta, viajar ou juntar dinheiro… e não importa quais sejam as nossas escolhas, é bom que a gente acredite que foram as melhores, porque se tem uma coisa que nunca vai dar para saber é como teria sido se…

Dizem que tudo está escrito, que as coisas já estão todas determinadas e destinadas a acontecerem a partir do momento em que nascemos. E se isso for verdade? Então, no fundo, tudo isso é Deus brincando de deixar a gente acreditar que decide alguma coisa, só pra gente não se sentir tão impotente?

Taí mais um “e se” para se pensar. Taí mais um “e se” que eu não quero pensar agora…

Doutor, cadê meus remedinhos?

(Roberta Simoni.) 
via janeladecima.wordpress.com

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

...

um e-mail ou uma carta (para ser mais romântica) que nunca vou mandar:

Eu nunca esperei que eu fosse permitir que você entrasse na minha vida de novo, pelo menos é o que eu falava pra mim mesma todos os dias desde do dia que nos separamos de maneira tão dolorosa (e não é um drama, doeu mesmo!). Mas, as coisas mudam, a vida passa, os dias voam... e os ventos me trouxeram você, de novo. Como sempre, eu falei alto que tudo estava sob controle. que eu não iria me envolver. mas, no fundo eu sabia onde daria. e deu. Eu deixei você entrar, não de maneira brusca, nem forçada, devagar, com leveza, mas eu sabia que a porta estava aberta e a deixei. oras. Eu me magoei muito, te magoei muito. você me magoou muito. se magoou. Mas, eu nunca fui embora de maneira eficiente. eu fiquei, mesmo não admitindo nem pra mim mesma isso. sou boa em mentir na cara-dura, na minha cara-dura. Mas também não morri por ficar longe de você não, segui minha vida e muito bem. Obrigada. Mas, sempre faltava alguma coisa. você. Sempre. você. No fundo. você. E quando você voltou dessa vez e deixamos todas as mágoas pra traz porque eu vi verdade em você e eu fui verdade com você, tudo ficou pequeno diante da vida curta. e foi assim que eu permiti. Eu permiti que você entrasse. isso é importante que fique claro. Conscientemente eu permiti. Eu queria ver aonde ia dar. queria deixar rolar como eu se eu tivesse te conhecido ontem, mas a verdade é que é besteira, eu não não te conheci ontem, eu te conheço por muitos dias e noites e você voltou na mesma intensidade com o que eu te conheço e você a mim. Eu não consegui me contentar com passos lentos. telefones curtos (não eram curtos, mas vamos pensar metaforicamente, ok?) e mensagens soltas. Eu comecei a querer mais. E não me pergunte o que eu queria mais. Eu não sei. Só sei que queria você e logo e já. Queria te ver depois de tanto tempo e te olhar nos olhos. o que aconteceria depois disso. Eu não sei. mas eu queria. eu queria ver mais uma vez aonde ia dar. se não desse em nada, mais uma vez, tudo bem. ia doer. ia ser ruim demais. mas, ia. Ia ter feito o que eu queria fazer. E algumas respostas viriam aqui de dentro e dai e de fora. do mundo. da vida. ia vir. Eu queria tanto que você tivesse abraçado a minha loucura. a minha sanidade. Ser sã é viver, não sem pensar no amanhã, mas não deixar que o medo do amanhã atrapalhe o hoje. o agora. Mas, você não veio me ver. e esperei. voltei. voltei pra casa. Ao te ouvir senti seus sentimentos daqui. senti seus medos também. medo do depois. do que viria depois de olhar nos meus olhos. medo. medo e medo. Tudo bem, ser racional evita um montão de sofrimento. tudo bem. eu não vou te julgar. Mas a vida é tão curta. e eu queria (falarei no passado pra me convencer.) tanto você. Eu não sei como ia ser. Volto a resposta para sua pergunta. Eu não sei. Podia ser que tudo não desse certo pra gente, mais uma vez. Mas as coisas podiam dar certo. Eu sou otimista hoje em dia. trocamos de papel. engraçado. Eu chego a pensar e não me julgue você por isso, mas nosso sentimento deve ser muito pequeno, muito fraco pra nunca conseguir nem mesmo ir embora. e nem ficar. Foi então que eu disse pra você ir embora, com seus medos, suas dúvidas, seus pesares todos. Eu gosto de você e não quero viver no meio da sua confusão. vou viver minha vida. Mas não quero esperar mais nada de você. eu não posso.
Que o vento leve o que eu sinto hoje, que eu não sei ao certo o que é. só é grande. mas eu não sei o que é.

Se cuide.

Nayara.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

essa música hoje sou eu.

E se eu for
O primeiro a prever
E poder desistir
Do que for dar errado?

Ahhh Ora, se não sou eu
Quem mais vai decidir
O que é bom pra mim?
Dispenso a previsão!

Ah, se o que eu sou
É também o que eu escolhi ser
Aceito a condição

(Trechos de O Velho e o moço - Los Hermanos.)

domingo, 25 de novembro de 2012

25 de Novembro.

.
Mudar a sua vida nem sempre significa parar de fazer determinadas coisas. Pode significar começar a fazer determinadas outras coisas. Pode significar usar o tempo e energia que você está dedicando a atividades e pessoas para fazer ou relacionar-se com coisas e pessoas que lhe façam bem. Comece definindo o que não quer mais fazer. Você estará abrindo espaço para saber o que quer de fato fazer.
Mas não se obrigue autoritariamente a mudar. Não se culpe pelas coisas indesejáveis que vem fazendo, nem se pressione severamente em direção ao seu desejo. Trate-se com o carinho que você dedicaria a um ser amado. Se você se tratar com hostilidade, será difícil aprender. Se fixar expectativas absurdas, não conseguirá responder. O aprendizado funciona melhor quando existe uma atitude e um ambiente de aceitação.
Olhe-se com carinho, conheça-se melhor, perceba suas limitações e descubra suas capacidades. Abra-se e aceite-se. Escolha um novo rumo de ação que mudará a forma como você se experimenta.
Até hoje, talvez você não tenha se dado conta de que como se trata com severidade e aspereza. Hoje, comece mudando de atitude! Carinhosamente, comece a tomar os passos necessários para sua mudança.

(Dia 25 de Novembro, Pensamento para o crescimento espiritual e a paz interior - Iyanla Vanzart.)


Ao digitar o título da postagem (25 de Novembro) foi que me dei conta que hoje é seu aniversário.
Desculpe o meu descuido.
Parabéns!
As alegrias que vivi ontem eu lhe entrego como presente por ser o meu eterno presente de Deus.
Quando me pego pensando nas bençãos que tenho hoje na vida vejo você em todas elas. Obrigada pelo cuidado. 
Sobra aqui tanto espaço pela falta do teu abraço.

Sempre pra você: "toda a minha saudade, e o meu amor de sempre."

Amo você. 
Um abraço daqueles de quebrar os ossinhos.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

domingo, 11 de novembro de 2012

você me deu a paz.

.
é engraçado como as coisas acontecem. acontecem devagar. de maneira lenta, mas eficaz. eu não imaginava que esse meu aperto no peito precisava ser retirado por outra pessoa. sempre bati o pé que eu mesma era minha cura e minha doença. tudo bem, tudo bem. não deixa de se verdade, mas fui surpreendida ao notar que minha cura veio de fora. que só meus remédios não bastaram. é tão bom ter esse espaço aqui dentro. não é um espaço vazio. é um espaço livre. e pronto para ser preenchido por coisas boa. as ruins foram-se embora.

domingo, 28 de outubro de 2012

pode crer.

.
O que for da vida não nos deterá
Pode crer
Por isso é que eu estou aqui
E não há lógica que faça desandar
O que o acaso decidir
Tanta certeza no olhar
Tamanha pressa de chegar a nenhum lugar
Só pra ter a sensação
De que a vida passa assim como um tufão

[trechos da música 'um pro outro' - Lulu Santos] 

sábado, 27 de outubro de 2012

fra(n)queza.

.

Entre!
A casa está limpa e cheirando a paz.

cliquei em 'nova postagem' inúmeras vezes para tentar escrever algo meu. algo que me traduzisse. que me confundisse. que me libertasse. em vão. eu tenho tanto a falar. tanta inspiração. tanto medo. tanta loucura. tanta fra(n)queza. tanto amor. tanta dureza. tanta delicadeza. tenho tanta coisa a dizer. silêncio. minha escrita se silenciou por um período tão grande. tão batalhado. tão surpreendente. tão real. tão vivo. e hoje, o lá tão distante daqui. hoje minha escrita é paz. é medo com paz. loucura com paz. paz aqui dentro. vida nova ouvindo os conselhos da velha enquanto troca os curativos dela quase todos os dias. quase. confusão. as paisagens são dinâmicas demais. há inúmeros rostos. inúmeros sons. inúmeros gostos. tem tanta gente que vale a pena parar para ouvir. tanta perca de tempo. endureci. tanta lágrima valiosa. tanto vento. tanto tempo. tempo não. pouco.  

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

vou voltando.

.
"Nós humanos, estamos condenados a viver ligados uns aos outros - ou abençoados por causa disso. Enquanto uma única pessoa estiver sofrendo, ninguém será totalmente feliz. Nada no mundo nos é estranho, nem a dor, nem a alegria, pois o mundo continua a ser um lugar de sofrimento, mesmo quando o prazer existe - e não deixa de ser prazeroso mesmo quando há dor. Quanto mais vivenciamos o sofrimento, mais apreciamos a felicidade. Eis por que não devemos sufocar os sentimentos de nosso coração: não devemos nunca viver como estranhos uns para os outros!"

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Simplesmente simples.

.

Os relacionamentos seriam mais fáceis se usássemos menos desculpas. Nunca falamos o que queremos.

Para disfarçar os nossos defeitos. Para fingir que somos melhores do que realmente somos.  Escondemos do outro aquilo que temos vergonha.

Eu não estaciono em balizas, num espaço apertado entre carros. Nunca será. A única vez que fiz isso foi na autoescola e já foi o suficiente.

Só estaciono em esquinas.

Ao levar meu filho Vicente para escola costumava enfrentar o mesmo constrangimento na hora de estacionar.

Quando chegávamos, procurava – devagar - um lugarzinho.

Meu filho gritava:

— Ali, pai, tem uma vaga...
— Não, é muito pequena.

— Ali, pai, tem outra vaga...
— Que pena, agora eu passei.

— Ali, pai, achei mais uma vaga...
— Não quero pagar flanelinha.

E assim estacionava lá longe da escola e tínhamos que caminhar a pé, como se fossemos acampar.  Eu mentia para meu filho.

Sempre criava justificativas para não ser direto e objetivo e descer logo.

Não confessava minha incompetência, meu medo, minha fobia.

Abandonava seu olhar no vácuo. Repetia dia após dia o jogo cansativo de explicações e evasivas.

Um dia me irritei quando ele me apontou mais uma vaga do tamanho de uma colheitadeira.
— Filho, eu não sou bom em estacionar entre dois carros, só estaciono em esquina.

O guri ficou aliviado e feliz. Aceitou na boa a minha dificuldade. Entendeu. E passou a gritar:

— Olha, pai, uma esquina!

Parece que ele me ama mais quando pode me ajudar.

Desabafar os medos - e não ser invencível - é educar os filhos.

[Fabrício Carpinejar]

domingo, 12 de agosto de 2012

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

sobre e-mails que brilham o dia.

.

Mês passado participei de um evento sobre as mulheres no mundo contemporâneo. 
Era um bate-papo com uma platéia composta de umas 250 mulheres de todas as raças, credos e idades.
E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha e, como não me envergonho dela, respondi. 
Foi um momento inesquecível... A platéia inteira fez um 'oooohh' de descrédito. Aí fiquei pensando: 'pô, estou neste auditório há quase uma hora exibindo minha inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho? Onde é que nós estamos?'. Onde, não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado 'juventude eterna'..
Estão todos em busca da reversão do tempo. Acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sozinhas.
Há um outro truque que faz com que continuemos a ser chamadas de senhoritas, mesmo em idade avançada. A fonte da juventude chama-se 'mudança'.
De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora. A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamentos, é ter disposição para guinadas.
Eu pretendo morrer jovem aos 120 anos.
Mudança, o que vem a ser tal coisa?

Minha mãe recentemente mudou do apartamento enorme em que morou a vida toda para um bem menorzinho. Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras, que havia guardado e, mesmo tendo feito isso com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada, rejuvenesceu.

Uma amiga casada há 38 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou passear, sem temer ficar sozinha aos 65 anos. Rejuvenesceu.

Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai à praia sempre que tem sol. Rejuvenesceu.

Toda mudança cobra um alto preço emocional.
Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se desestabiliza. Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face.
Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna. Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho. Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar. Olhe-se no espelho... 

[Lya Luft]

terça-feira, 31 de julho de 2012

exercício diário.

.
Reaja inteligentemente mesmo a um tratamento não inteligente.

[Lao-Tse]

terça-feira, 10 de julho de 2012

um presente pela manhã.

.
Dizem que tudo o que buscamos, também nos busca e, se ficarmos quietos, o que buscamos nos encontrará. Há algo que leva muito tempo esperando por nós. Enquanto não chega, nada faça. Descanse. Você verá o que acontece enquanto isto. Desejo que hoje você experimente paz dentro de si, que confie que você se encontra exatamente onde deve estar, que não se esqueça das possibilidades infinitas que nascem da confiança em si mesma e nos outros, que utilize os dons que recebeu, e que transmita, aos outros, o amor que lhe foi dado. 

[Trecho de Mulheres que correm com os lobos]

segunda-feira, 9 de julho de 2012

de dentro.

.
Não guarde a expectativa de fazer ninguém feliz. No momento em que você guarda a expectativa de ser feliz, você já estará trabalhando para fazer alguém feliz. Porque você vai transudar esse sentimento e tudo que nós lançamos para fora, volta para dentro. 

[José Medrado.]

domingo, 17 de junho de 2012

a maçã.

Se esse amor
Ficar entre nós dois
Vai ser tão pobre amor
Vai se gastar...

Se eu te amo e tu me amas
Um amor a dois profana
O amor de todos os mortais
Porque quem gosta de maçã
Irá gostar de todas
Porque todas são iguais...

Se eu te amo e tu me amas
E outro vem quando tu chamas
Como poderei te condenar Infinita tua beleza
Como podes ficar presa
Que nem santa num altar...

Quando eu te escolhi
Para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma
Ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi
Que além de dois existem mais...

Amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro, mas eu vou te libertar
O que é que eu quero
Se eu te privo
Do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar...

[Raul Seixas]

quinta-feira, 14 de junho de 2012

sobre amor.

.

Se aventure, criança, pois o mundo é grande e tempo não lhe falta. Guarde o medo no bolso, pegue sua mochila e vá. Se sentir saudades venha visitar, mas não se acomode, o mundo te espera. Se a trilha que pegou não der certo, saiba que existe sempre caminho de volta. E se por acaso, sentir sede, pare em uma cachoeira qualquer e volte para o seu caminho. 

[Taynara Ferrarezi]

segunda-feira, 11 de junho de 2012

domingo, 10 de junho de 2012

empreitadas.

.

Ele me ensinou que coragem só é mesmo coragem quando sentimos um imenso medo. Dizia ele que, quando nos arremessamos a fazer alguma coisa que em princípio exige coragem, deve existir junto uma dose de medo, senão a empreitada se revela irresponsável.

[Nuno Cobra]

sábado, 9 de junho de 2012

sobre respostas.

.

Tem paciência com tudo não resolvido em teu coração e tenta amar as perguntas em ti, como se fossem quartos trancados ou livros escritos em idioma estrangeiro. não pesquises em busca de respostas que não te podem ser dadas, porque tu não as podes viver, e trata-se de viver tudo. vive as grandes perguntas agora. talvez, num dia longínquo, sem o perceberes, te familiarizes com a resposta.

[Rainer Maria Rilke]

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Fato.

.

Infelicidade é questão de prefixo.

[João Guimarães Rosa]

segunda-feira, 30 de abril de 2012

1° de maio.

a verdade é que essa data fica meio sem graça sem você.
o vazio fica maior.
mais aparente.
acordo com dor nas costas.
cabelos brancos.
visão comprometida.
bengala.
farmácia no quarto.
mas, ainda assim, viva.
incompleta.
mas, viva.

por favor, mantenha-se vivo!

com carinho.

Nayara Ferrarezi.

domingo, 1 de abril de 2012

"Haja o que houver, aja."

.

Prepare um belo discurso. Gaste suas melhores palavras. Utilize todos os seus argumentos. Eu não consigo ouvir o que você diz.

Mais do que na força das palavras, eu acredito no poder das atitudes. Na grandeza dos gestos. Nas sutilezas das ações. Guarde seus dizeres para utilizá-los depois que fizer. Eles serão apenas um complemento.

Haja o que houver, aja.

Palavras quando não andam sincronizadas com nossos pés, não chegam a lugar algum. Não dizem absolutamente nada. 

É na coerência das ações que a gente se encontra e o outro nos reconhece. Ninguém pode viver preso em um discurso. 

Ou seja, Seja!

[Fernanda Gaona]
via deliriosesuspiros.blogspot.com.br

sábado, 31 de março de 2012

Once Upon A Time.


Se você quer que seu filho seja brilhante conte a ele contos de fadas. Se você o quer muito brilhante, conte-lhe ainda mais contos de fadas.

[Albert Einstein]
via roda-gigante.blogspot.com.br 

Reescrevendo:


Se você quer que seu filho seja brilhante coloque um episódio de "Once Upon A Time" para ele assistir. Se você o quer muito brilhante, coloque a 1° temporada inteira. Se você o quer muito, muito brilhante, assista com ele.


Uma delícia de ver.

domingo, 25 de março de 2012

O menino que carregava água na peneira

.

Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino 
que carregava água na peneira.

A mãe disse que carregar água na peneira 
era o mesmo que roubar um vento e sair 
correndo com ele para mostrar aos irmãos.

 A mãe disse que era o mesmo que 
catar espinhos na água
O mesmo que criar peixes no bolso.

O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.

A mãe reparou que o menino 
gostava mais do vazio 
do que do cheio.
Falava que os vazios são maiores 
e até infinitos.

Com o tempo aquele menino 
que era cismado e esquisito 
porque gostava de carregar água na peneira
.
Com o tempo descobriu que escrever seria 
o mesmo que carregar água na peneira.

No escrever o menino viu 
que era capaz de ser 
noviça, monge ou mendigo 
ao mesmo tempo.

O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.

Foi capaz de interromper o vôo de um pássaro 
botando ponto final na frase.

Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.

O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor! 
A mãe reparava o menino com ternura.

A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta. 

Você vai carregar água na peneira a vida toda.

Você vai encher os
vazios com as suas 
peraltagens
e algumas pessoas 
vão te amar por seus 
despropósitos.

[Manuel de Barros]

quinta-feira, 22 de março de 2012

Conversa vai, conversa vem.

.
Conversa vai, conversa vem, alguém na nossa roda de amigos por algum motivo no contexto das conversas aleatórias que se formaram citou a frase: Síndrome de Estocolmo. Eu não fazia parte dessa conversa como ouvinte ativa, mas minha antena estava ligada. Foi ai que registrei: pesquisar depois. Psicologia sempre me aguçou os sentidos. 


Eis a definição da síndrome:

"A Síndrome de Estocolmo é um estado psicológico particular desenvolvido por algumas pessoas que são vítimas de sequestro, em cenários de guerra, sobreviventes de campos de concentração, pessoas que são submetidas a prisão domiciliar por familiares e também em vítimas de abusos pessoais, como mulheres e crianças submetidas a violência doméstica e familiar. A síndrome se desenvolve a partir de tentativas da vítima de se identificar com seu captor ou de conquistar a simpatia do sequestrador. É comum também no caso de violência doméstica e familiar em que a mulher é agredida pelo marido e continua a amá-lo e defendê-lo como se as agressões fossem normais

É importante observar que o processo da síndrome ocorre sem que a vítima tenha consciência disso. A mente fabrica uma estratégia ilusória para proteger a psique da vítima. A identificação afetiva e emocional com o sequestrador acontece para proporcionar afastamento emocional da realidade perigosa e violenta a qual a pessoa está sendo submetida. Entretanto, a vítima não se torna totalmente alheia à sua própria situação, parte de sua mente conserva-se alerta ao perigo e é isso que faz com que a maioria das vítimas tente escapar do sequestrador em algum momento, mesmo em casos de cativeiro prolongado."

Li sobre o mal, conheci alguns exemplos reais presentes na literatura; e então, comecei a me perguntar se muitos de nós não sofremos de uma leve síndrome de Estocolmo adquirida diariamente. Espera, deixa eu explicar meus pensamentos. Quando nos acostumamos com o que, ou com quem nos faz mal, quando engolimos sorrindo fatos que vão contra o que realmente acreditamos, quando nos escondemos e perdemos a noção do que é certo é do que é errado. Quando nos perdemos de nós e muitas vezes nem pensamos em nos procurar, acredito eu; que estamos sofrendo do mal de Estocolmo. Acredito que estamos andando de mãos dadas com o inimigo. A noção geral desse estado psicológico pode ser aplicada aos simples mortais que não passaram por sequestros, guerras, abusos; mas que passam pela vida. Todos os dias. 

terça-feira, 13 de março de 2012

Fato.

.
Criatividade é tudo na vida. Bom humor, também.

terça-feira, 6 de março de 2012

domingo, 4 de março de 2012

"Toda a minha saudade, e o meu amor de sempre."

.

Quando o enterro passou
Os homens que se achavam no café
Tiraram o chapéu maquinalmente
Saudavam o morto distraídos
Estavam todos voltados para a vida
Absortos na vida
Confiantes na vida.
Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado
Olhando o esquife longamente
Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade
Que a vida é traição
E saudava a matéria que passava
Liberta para sempre da alma extinta.

[Manuel Bandeira - Momento Num Café]

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Muda você.

.

O que você crê não muda o que é, muda você.

[Ed Renê Kivitz] 
via laionmonteiro.wordpress.com 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Só de mim.

.
Em vão.
Ouvir falar de amor e não parar pra sentir?
Perca de tempo.
Vai ficar martelando aqui dentro.
É melhor sentar.
Escancarar os olhos.
Os ouvidos.
E se o tempo estiver bom
O coração.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Sobre Discursos.

.
Eu sabia que ia me apaixonar e me emocionar por algum ou por alguns discursos quando chegasse a hora da minha colação de grau. Claro que não foi nenhuma surpresa os tantos lenços de papel que me foram oferecidos.
Dentre as várias palavras que prenderam minha atenção, as do Prof. Dr. Edson Guilherme Viera (paraninfo do curso de Biologia) prenderam meus pensamentos até mesmo depois da cerimônia. Por isso, consegui que elas me fossem gentilmente cedidas. Agradeço mais uma vez. Colocarei aqui um resumo, que se me conheço acabará quase idêntico ao texto original (nunca fui boa em cortes), que relerei sempre que necessário.

Foto de Taynara Ferrarezi

“ Nos últimos dias pensei no que falar a vocês neste momento e, como tudo na vida, é melhor aperfeiçoar a roda do que querer inventá-la novamente. Por este motivo, irei basear minha fala num texto do publicitário Nizan Guanaes, dirigido a uma turma de formandos da FAAP, no qual fiz várias adaptações. Ao me convidarem para paraninfo, acredito terem me dado licença para dar alguns conselhos, os últimos, agora na qualidade de colega de profissão. Aqui vão cinco conselhos que julgo valiosos. 

MEU PRIMEIRO CONSELHO: Não paute sua vida, nem sua carreira pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo o coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como consequência. Geralmente, os que só pensam nele não o ganham suficientemente. Porque são incapazes de sonhar. E tudo que fica pronto na vida foi antes construído na alma. Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar e realizar tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

MEU SEGUNDO CONSELHO: Pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. Afinal, é difícil viver numa nação onde o caos político e a corrupção impede que o país se desenvolva a um ritmo mais acelerado e que muito mais pessoas possam progredir socialmente.

MEU TERCEIRO CONSELHO vem diretamente da Bíblia: "seja quente! ou seja frio! não seja morno que eu te vomito". É exatamente isso que está escrito na carta de Laudiceia (em Apocalipse 3:16): "seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito". Em outras palavras, NÃO FIQUE EM CIMA DO MURO! É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo da denúncia, ao vazio do silêncio. Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso. Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se moldando, a extraordinária oportunidade de ter vivido. Tendo consciência de que, cada homem foi feito para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução. Que é mais do que sexo, dinheiro ou cerveja. Você foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano. 

Daí advém MEU QUARTO CONSELHO: Trabalhem duro! Estou convicto que neste momento acham que nada sabem da profissão, mas não se enganem, essa é uma ilusão do subconsciente. Vocês estão prontos! E o futuro do nosso planeta e de nossa espécie dependerá sempre da vigilância e do trabalho de vocês como Biólogos. Trabalho não mata. Ocupa o tempo. Evita o ócio, que é a morada do demônio, e constrói prodígios. Trabalhem! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam, mas o tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. 

MEU QUINTO E ÚLTIMO CONSELHO: cultivem a família! Pois digo para que tenham como propósito construir a sua própria família, porque ela é a base e o futuro de toda a nossa civilização. Acreditem em mim, o casamento é bom. Mas assim como tiveram que estudar pelo menos 5 anos para serem Biólogos, o passo do casamento e a constituição de uma família também requer boa escolha, preparo, paciência e amadurecimento. 

Como mensagem final, lembro Henfil, que dizia: 
“Não é o desafio que determina quem somos, mas a maneira com que respondemos a esse desafio. Enquanto acreditarmos no nosso sonho, nada será por acaso”.

Amo vocês. Sejam felizes! 
Obrigado.”

domingo, 29 de janeiro de 2012

Roberta Simoni.

.
Roberta Simoni além da vertente jornalística, literária e fotográfica é uma contadora de histórias inveterada e incurável. (robertasimoni.com.br)
Mesmo com esse currículo brilhante, conheci seu trabalho só agora. E, ainda bem que o conheci. Estou encantanda com sua habilidade de manusear as palavras. Encantada. Li inúmeros textos dela essa noite (janeladecima.wordpress.com) e me impressionei com cada relato, com cada opinião. Escolhi, com muita dificuldade, um deles para postar hoje. Confesso, também; que foi difícil encontrar uma imagem que, como dizia minha avó; ornasse com a cor do texto. Demorei para enxergar, mas a resposta era óbvia.

Foto de Roberta Simoni - Abandono

Ela estava aí, do seu lado, todo o tempo, e só agora que ela foi embora você percebeu o quanto a ama e que não pode viver sem ela, aí você saiu feito um louco pela rua, pegou um táxi, mandou o motorista acelerar o máximo que pudesse, mas o trânsito estava  completamente congestionado, então você abandonou o táxi e foi correndo mesmo, entrou no aeroporto empurrando as pessoas, se desculpando, tropeçando e derrubando as bagagens que estavam pelo caminho, mas quando chegou no portão de embarque, ela já tinha entrado no avião, que decolaria nos próximos minutos. Você tentou ultrapassar o portão mesmo assim, mas, obviamente, foi barrado pelos seguranças porque estava sem o bilhete de embarque. Aí você pediu - na verdade você implorou – para que deixassem você passar, argumentou que o amor da sua vida estava dentro daquele avião e que se você não a impedisse, ela partiria para nunca mais voltar. Ficaram comovidos e, com alguma resistência, deixaram você entrar. Quando você alcançou o avião, a tripulação já havia sido avisada e estava à sua espera, a aeromoça (particularmente emocionada) comunicou aos passageiros o motivo do atraso do vôo e chamou sua amada pelo nome, que se levantou, sem entender nada, até o momento em que te viu vindo ao encontro dela. Vocês trocaram olhares apaixonados. Ela quis que você explicasse o que estava fazendo ali, e você finalmente disse, em alto e bom tom, que não conseguia imaginar sua vida sem ela e a pediu em casamento. Ouviu-se um coro de “Óhhhhhh” de comoção dentro do avião. Ela disse sim e vocês se beijaram demoradamente, enquanto os passageiros aplaudiam entusiasmados àquela cena de amor. A aeromoça suspirou, desejando viver um amor assim algum dia, e…

The End. Começaram a subir os créditos do filme, música do Roxette tocando ao fundo, as luzes do cinema se acenderam e as pessoas começaram a se levantar. Alguns casais ainda resistiam sentados, aos beijos, envolvidos pelo clima de romantismo cinematográfico, mas cedo ou tarde teriam que levantar, dar ao mãos e ir embora viver a vida real…

Eu não satirizo o amor romântico, só acho que, certas coisas, só funcionam bem nas telas do cinema, isto é, quando funcionam. Esse roteiro onde o mocinho passa o filme inteiro sem notar o amor platônico da mocinha e só no final descobre o seu amor por ela, ou da fulaninha que durante toda a estória não dá o devido valor ao fulaninho e no fim, decide ficar com ele e os dois são felizes para sempre não cola… não mais.

Pode ser que um dia eu entenda, mas acho pouco provável… se tem uma dúvida que levo comigo dessa vida é essa: por que as pessoas só dão valor depois que perdem?

Teoricamente não seria mais simples valorizar o que está ao alcance das mãos, diante dos olhos do coração? Então, por que na prática é tão diferente? É como se alguma coisa encobrisse a visão enquanto você ainda tem ao seu dispor e depois, ao perder, como num passe de mágica, você passasse a enxergar o que antes, misteriosamente, não via.

Por que só agora que eu não te quero mais? - foi a pergunta que eu fiz, anos atrás, para um ex-namorado. Não sei… – foi o que ele me respondeu com sinceridade. Pois é, nem eu sabia, e ainda não sei e, provavelmente, nunca vou saber, tampouco entender. Porque os anos passam e eu vejo as pessoas cometendo os mesmos erros tolos, de olhos vendados, perdendo de vista grandes amores, deixando escapar a magia do relacionamento construído no cotidiano a dois, para depois terem tristes estórias de amor para – não - contar. Sim, porque, me desculpem, mas, eu não tenho interesse em escutar.
 
E eu espero que as chances tão logo se esgotem, porque é puro desperdício de tempo e desgaste do amor que, se ainda não se esgotou, pouco sobrou para gastar. E eu não quero que ele termine com ela. Eu quero que ele entre no avião e, por conta do atraso do vôo, os passageiros estejam esbravejando contra ele, que irá encontrá-la acompanhada de um cara bem mais gato que ele – e apaixonado por ela agora! Exatamente agora, quando ela também está apaixonada por ele, e não amanhã, quando ela, cansada de amar por dois, for embora. Eu quero é ver gente se amando “tudo-junto-ao-mesmo-tempo-agora”, não em tempos e mundos distintos. Quero escutar falar de estórias de amor que começam e terminam juntas, embora, fatalmente, tantos acabem separados antes do fim. Mesmo assim, o que eu quero é ver recíprocos começos, meios e fins de amor mútuo, independente do desfecho, um “durante feliz”, porque “final feliz” só não me apetece, nem me convence… não mais.

E você, meu bem, trate de se engraçar com a aeromoça que se derreteu toda com seu romantismo descartável e seu amor tardio, porque dessa vez (confesso que sinto um prazer cretino em dizer isso) você até alcançou o avião, mas chegou tarde demais, baby

[Roberta Simoni - Tarde demais, Baby...]

sábado, 28 de janeiro de 2012

Amor à primeira lida.

.
Uma ocasião,
meu pai pintou a casa toda
de alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos numa casa,
como ele mesmo dizia,
constantemente amanhecendo.

[Adélia Prado, em Impressionista.]

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012