sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Tomara.

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Te desejo uma fé enorme.
Em qualquer coisa, não importa o quê.
Desejo esperanças novinhas em folha, todos os dias.
Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo.
Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso.
Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes.
Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito.
Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria.
Tomara que apesar dos apesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz.
As coisas vão dar certo.
Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz – se não tiver, a gente inventa.
Te quero ver feliz, te quero ver sem melancolia nenhuma.
Certo, muitas ilusões dançaram.
Mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas.
Que 2012 seja doce. Repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.
Que seja bom o que vier, pra você.

[Caio Fernando Abreu]
Texto adaptado para a ocasião.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Inspiração.

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Foto: João Batista 

No fundo o que realmente pesa na vida são as pessoas.
Elas são remédios.
São venenos.
Quando a gente se invenena, perdemos a fé e ganhamos um óculos escuro que gruda na cara da gente.
Mas, quando topamos com pessoas comprimidos.. se me permitem assim chamá-las.
Ah, é o que traduzimos como cura.
Mas, não se engane.
É uma cura lenta.
Vagarosa, mas caprichosa.
É uma cura diária que só nos damos conta lá na frente.
Aqui na frente.
A gente se sente completa.
Eu.
Uma felicidade simples.
Batalhada.
Merecida.
Conquistada.
É estranho explicar ser feliz.
É muito mais fácil narrar quando se é infeliz.
Acredito que seja que estar feliz faz da vida lá fora um convite.
Saimos de casa.
Não temos tempo pra explicar.
É sentimento demais.
A felicidade é clara demais pra ficar escondida.
As palavras cegam-se com tamanha luz.
E nem sempre há uma conversa entre as duas.
Hoje houve.
Hoje, os comprimidos, fizeram efeito.
Hoje ela voltou.
E a porta estava aberta.
O abraço também.
 Até mais. Até Breve. A gente se vê.
Claro que nos veremos.

Com carinho,

Nayara Ferrarezi.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Justo?

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De que adianta fechar uma porta mas continuar olhando para ela fechada? Antes pular a janela.

[Talita Prates]

Justo, Justo, Justo... Justo!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Domingo

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Vazio agudo
Ando meio
Cheio de tudo

[Paulo Leminski]