domingo, 30 de dezembro de 2012

domingo, 9 de dezembro de 2012

pensamentos bons.

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A partir de hoje, vou deixar que o Outro seja: uma boa ou má pessoa, o que lhe aprouver. Tudo que julgo ou critico, tomo como referencial os meus valores. Não há como saber quem está certo a partir disto, e nem tem importância no final das contas. A partir de agora, eu sei quem quero atrair para a minha vida: pessoas que não me façam sentir que estou traindo a mim mesma. Tudo é resolvido com um olhar distanciado e um afastamento físico. Não enfio mais poesia em situações onde o protagonista não sou eu e o coadjuvante não consegue ser lírico.

(Marla de Queiroz)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

movie.

Esse final de semana assisti um filme incrivelmente lindo e real. fazia muito, muito tempo que não me emocionava tanto com uma história. Por isso, recomendo demais essa lindeza: The Bridges of Madison County.

domingo, 2 de dezembro de 2012

(con)texto atual.

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Eu não pude deixar de publicar o novo post de Roberta Simoni, visto que ele é tudo o que eu mais prego ultimamente e se encaixe perfeitamente no meu cotexto atual. Ela como sempre, escreve lindamente.


Eu não posso dizer que estou curada, ainda é cedo para fazer tal afirmação. Sou como uma paciente em pleno tratamento que, frequentemente, têm recaídas. Mas garanto que já estive pior.

Já fui do tipo que não passava uma só hora do dia sem me questionar, começando sempre com a mesmíssima introdução barata e previsível: “mas, e se…”. E se eu tivesse ido, e se eu tivesse ficado, e se eu disser, e se eu calar…???

Ainda coloco “e se” em um monte de lugares e situações onde, definitivamente, eles não deveriam estar. Só que, hoje em dia, faço isso numa escala muito menor do que eu fazia antigamente. E se vocês estão esperando que eu diga que eu passei a olhar para frente, que eu aprendi com meus erros ou que eu evolui enquanto ser humano, sinto muito, estimados leitores, mas eu simplesmente fiquei mais preguiçosa.

Pensar sempre no que – e como – poderia ter sido se eu tivesse feito tal coisa de forma diferente, se eu tivesse escolhido ir por ali e não por aqui e coisa e tal, é mais exaustivo do que correr uma maratona. Tá certo que eu nunca corri nem sequer meia maratona, 5km foi a distância máxima que eu já alcancei (e morri de orgulho por isso!), mas posso afirmar que nada, nada demanda tanto gasto de energia quanto ficar remoendo o passado e temendo o futuro, como se fosse possível interferir em qualquer um dos dois.

Muito mal tenho algum domínio sobre o meu presente, o que dirá sobre o passado ou o futuro, mesmo assim ainda perco um tempo precioso tentando descobrir como teria sido se eu não tivesse entrado naquele avião, se eu tivesse passado naquele concurso, se eu tivesse feito aquela outra faculdade, se eu não tivesse pedido demissão daquele emprego, se eu não tivesse me mudado, se eu tivesse ido embora, se eu tivesse dito sim e se tivesse dito não…

A gente tá sempre escolhendo, seja entre tomar sorvete de chocolate ou de baunilha, lanchar no MC Donald’s ou comer uma salada, casar ou comprar uma bicicleta, viajar ou juntar dinheiro… e não importa quais sejam as nossas escolhas, é bom que a gente acredite que foram as melhores, porque se tem uma coisa que nunca vai dar para saber é como teria sido se…

Dizem que tudo está escrito, que as coisas já estão todas determinadas e destinadas a acontecerem a partir do momento em que nascemos. E se isso for verdade? Então, no fundo, tudo isso é Deus brincando de deixar a gente acreditar que decide alguma coisa, só pra gente não se sentir tão impotente?

Taí mais um “e se” para se pensar. Taí mais um “e se” que eu não quero pensar agora…

Doutor, cadê meus remedinhos?

(Roberta Simoni.) 
via janeladecima.wordpress.com