quinta-feira, 22 de março de 2012

Conversa vai, conversa vem.

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Conversa vai, conversa vem, alguém na nossa roda de amigos por algum motivo no contexto das conversas aleatórias que se formaram citou a frase: Síndrome de Estocolmo. Eu não fazia parte dessa conversa como ouvinte ativa, mas minha antena estava ligada. Foi ai que registrei: pesquisar depois. Psicologia sempre me aguçou os sentidos. 


Eis a definição da síndrome:

"A Síndrome de Estocolmo é um estado psicológico particular desenvolvido por algumas pessoas que são vítimas de sequestro, em cenários de guerra, sobreviventes de campos de concentração, pessoas que são submetidas a prisão domiciliar por familiares e também em vítimas de abusos pessoais, como mulheres e crianças submetidas a violência doméstica e familiar. A síndrome se desenvolve a partir de tentativas da vítima de se identificar com seu captor ou de conquistar a simpatia do sequestrador. É comum também no caso de violência doméstica e familiar em que a mulher é agredida pelo marido e continua a amá-lo e defendê-lo como se as agressões fossem normais

É importante observar que o processo da síndrome ocorre sem que a vítima tenha consciência disso. A mente fabrica uma estratégia ilusória para proteger a psique da vítima. A identificação afetiva e emocional com o sequestrador acontece para proporcionar afastamento emocional da realidade perigosa e violenta a qual a pessoa está sendo submetida. Entretanto, a vítima não se torna totalmente alheia à sua própria situação, parte de sua mente conserva-se alerta ao perigo e é isso que faz com que a maioria das vítimas tente escapar do sequestrador em algum momento, mesmo em casos de cativeiro prolongado."

Li sobre o mal, conheci alguns exemplos reais presentes na literatura; e então, comecei a me perguntar se muitos de nós não sofremos de uma leve síndrome de Estocolmo adquirida diariamente. Espera, deixa eu explicar meus pensamentos. Quando nos acostumamos com o que, ou com quem nos faz mal, quando engolimos sorrindo fatos que vão contra o que realmente acreditamos, quando nos escondemos e perdemos a noção do que é certo é do que é errado. Quando nos perdemos de nós e muitas vezes nem pensamos em nos procurar, acredito eu; que estamos sofrendo do mal de Estocolmo. Acredito que estamos andando de mãos dadas com o inimigo. A noção geral desse estado psicológico pode ser aplicada aos simples mortais que não passaram por sequestros, guerras, abusos; mas que passam pela vida. Todos os dias. 

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